17 capitais têm atos por voto impresso e Bolsonaro volta a ameaçar eleições
Manifestações pedem voto impresso auditável. TSE rebate
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a ameaçar as eleições de 2022 durante discursos, por meio de videoconferências, transmitidos hoje nos atos de seus apoiadores em defesa do voto impresso. O UOL acompanhou os discursos em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. Pelo menos outras 14 capitais registraram manifestações: Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Macapá, Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Curitiba, Florianópolis, Maceió, Belém, Vitória, Recife e Goiânia. Além da validação impressa do voto, principal pauta da mobilização, manifestantes também exibiram cartazes em apoio ao presidente e com críticas a adversários e aos outros Poderes, como o STF (Supremo Tribunal Federal). A hashtag #BrasilPeloVotoAuditavel é uma das mais compartilhadas no Twitter hoje.
Também houve manifestações em Montes Claros (MG), Niterói (RJ), Ilhéus (BA), Campina Grande (PB), Balneário Camboriú (SC), Londrina (PR) e em Santos (SP). Bolsonaro defende a implementação do voto impresso —ou seja, da impressão de um comprovante do voto nas urnas eletrônicas— e costuma colocar em dúvida a lisura das eleições no Brasil, caso não haja a mudança de sistema. No entanto, as suspeitas são infundadas. Até hoje, nunca houve qualquer prova ou mesmo denúncia relevante de fraude nas urnas eletrônicas.
Além de deputados da base do presidente, compareceram ao protesto o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e auxiliares de Bolsonaro. No Rio, a deputada estadual Alana Passos (PSL-RJ) subiu em um dos carros de som e fez coro à reivindicação principal: “Não importa se é fé direita ou esquerda, o voto impresso é benéfico para todos”. Aos apoiadores no Rio, o presidente criticou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Publicamente, Barroso já defendeu o processo eleitoral vigente.